Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20/1) prometendo o início de uma “era do ouro” para o país e anunciando medidas como uma “emergência nacional” na fronteira com o México e a deportação de milhões de imigrantes.
O presidente repetiu ameaças de retomar o controle do Canal do Panamá, na América Central, além de anunciar a mudança do nome do Golfo do México para “Golfo da América” — apesar de não estar claro como isso vai acontecer.
Na política doméstica, Trump prometeu encerrar programas de diversidade e disse que o Estado tem que ser “cego” para diferenças raciais e baseado na meritocracia.
“A partir de hoje, será a política oficial do governo dos Estados Unidos que existem apenas dois gêneros, masculino e feminino”, disse.
O presidente dedicou a primeira parte de sua fala para prometer “uma nação que seja orgulhosa, próspera e livre”.
“Nossa soberania será reconquistada, nossa segurança será restaurada, os pesos da justiça serão reequilibrados”, disse Trump, acrescentando que “a violência cruel e a injusta criminalização” do Departamento de Justiça dos EUA chegará ao fim.
O republicano atacou a administração Biden, principalmente a respeito do manejo da crise migratória.
O governo deu “financiamento ilimitado para a defesa das fronteiras estrangeiras”, mas se recusa a defender as fronteiras americanas, afirmou
“Agora temos um governo que não consegue gerenciar nem mesmo uma crise simples em casa”, disse Trump.
Ele acrescentou que o país tem um sistema educacional que “ensina nossas crianças a se envergonharem de si mesmas”.
“Todo esse cenário vai mudar, a partir de hoje, e vai mudar muito rapidamente”, prometeu.
Em seguida, Trump anunciou uma série de medidas e prioridades.
Emergência na fronteira
Trump prometeu que ainda nesta segunda assinará uma ordem executiva declarando estado de emergência na fronteira entre os EUA e o México.
Toda entrada ilegal será “imediatamente interrompida”, afirmou o presidente no discurso, acrescentando que o governo começará o processo de devolução de milhões de “alienígenas criminosos” para de onde vieram.
Ele falou sobre algumas das ações que está planejando, incluindo a reintrodução da chamada política de “permanecer no México” e o envio de mais tropas e pessoal para a fronteira.
O presidente também voltou a falar sobre retomar o Canal do Panamá, a rota marítima que liga os oceanos Pacífico e Atlântico.
Controlado pelos EUA até 1999, o canal foi um “presente tolo que nunca deveria ter sido dado” ao Panamá, segundo Trump.
O presidente acusou o país da América Central de taxar os navios americanos, enquanto beneficia a China.
“Não o demos para a China. Estamos tomando-o de volta”, disse Trump, recebendo aplausos de seus apoiadores, enquanto Biden e Kamala Harris permanecem impassíveis na plateia.
No início do mês, Trump se recusou a descartar o uso de força militar para tomar o canal. Ele fez essa afirmação durante uma coletiva de imprensa na qual também afirmou que o Canal do Panamá estava sendo operado por soldados chineses, sem apresentar nenhuma evidência.
Esta semana, também irei acabar com a política do governo de tentar moldar socialmente a raça e o gênero em todos os aspectos da vida pública e privada. Vamos forjar uma sociedade que seja cega à cor e baseada no mérito.