Em 2004, o produtor rural Olivar Araldi, do município de Sarandi, no Rio Grande do Sul, iniciou a produção de salame artesanal. A receita do embutido fez tanto sucesso que hoje possui o selo de identidade “Sabor Gaúcho” e sistema de inspeção municipal.
“A receita nunca mudou, tendo 16 anos de existência comigo. Mas a mesma se perde no tempo e na história por ser herança do meu pai Isaele Araldi”, afirmou.
O produtor disse que com a receita do salame tipo colonial superou problemas de saúde, criou seus três filhos com sua esposa Zenaide e estruturou a agroindústria, abrindo portas para registrar mais 14 produtos cárneos.
“Esse salame tem identidade local e é exclusivo devido aos ingredientes e processo de fabricação, por isso é tão visado. Um dos quesitos é não perder o caráter artesanal, o restante é amor, dedicação, temperos bons e paciência”.
Segundo Olivar, o principal segredo é a escolha da carne, onde boa parte vem de suínos criados em sua chácara. “São animais rústicos e com perfil de carne e gordura próprios para esse tipo de produto”, explicou.
Em busca de divulgar seus produtos, Olivar Araldi inscreveu o salame tipo colonial no “Prêmio Brasil Artesanal 2020 – Charcutaria” promovido pelo Sistema CNA/Senar. O embutido ficou em terceiro lugar e rendeu ao produtor R$ 1 mil e certificado.
O objetivo do Prêmio, realizado em parceria com a Academia da Charcutaria, foi reconhecer os produtores dos melhores salames artesanais do Brasil. A cerimônia de entrega do prêmio foi virtual e contou com a presença dos cinco finalistas e do presidente da CNA, João Martins.
“Já estava feliz em ficar entre os cinco, e ficar entre os três melhores do Brasil é um orgulho para a gente. Nós começamos do nada, devagarzinho. Não fiz curso para produção de salame, apenas de boas práticas. É um tempero meu, uma receita dos meus finados pais”, contou Olivar.
O “Prêmio Brasil Artesanal 2020 – Charcutaria” é uma iniciativa do Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais do Sistema CNA/Senar, que oferece soluções e alternativas para pequenos e médios produtores rurais agregarem valor aos produtos.
