A forte alta das cotações internacionais, apesar de ter seus impactos amenizados no mercado doméstico pela retração do câmbio, permitiu que os preços internos reduzissem o spread em relação à paridade de exportação
No polo industrial paulista, a fibra fechou a quinta-feira (6) cotada a R$ 5,20 por libra-peso, ante R$ 5,10 no dia 29 de abril. No acumulado em relação ao mesmo período do mês e do ano anterior, apresentava altas de 9,4% e de 96%, respectivamente.
No FOB exportação do porto de Santos/SP, o produto brasileiro era indicado a 96,38 centavos de dólar por libra-peso (c/lb) no dia 6. Ante ao contrato de maior liquidez da Ice Futures (julho/2021), a pluma brasileira era cotada por um valor 6,4% superior, contra 8,8% superior da véspera. Há uma semana, era 9,0% superior.
A indústria nacional alerta que, diante dos grandes volumes exportados, poderá ser necessário ir ao exterior para complementar o abastecimento durante a entressafra. “Nesse caso, os preços domésticos poderiam se afastar para cima da paridade de exportação e buscar um ajuste à de importação”, lembra o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento. “Neste caso, poderiam subir até 16% sobre os níveis atuais”, pondera.
Fonte: Agência SAFRAS