A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) reforçou nesta semana, durante sessão na Assembleia Legislativa, seu pedido, feito logo no início do seu mandato, para a implantação, urgente, de um plantão 24 horas nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) em Mato Grosso do Sul. A solicitação ganha ainda mais urgência diante dos alarmantes dados de violência de gênero no estado. Este ano, foram registrados 23 casos de feminicídio e mais de 11 mil ocorrências de violência doméstica, destacando a gravidade da situação.
“A implementação de plantões 24 horas nas Delegacias da Mulher é crucial para garantir que as mulheres possam buscar ajuda a qualquer momento e que recebam o suporte necessário”, afirma Lia Nogueira. Ela acredita que o acesso contínuo às DEAMs não só vai facilitar a coleta imediata de provas, mas também permitir o encaminhamento rápido de medidas protetivas.
A implantação de plantões 24 horas, pelo menos nos cinco maiores municípios, pode ter um impacto significativo na redução dos índices de violência contra a mulher, ao encorajar mais vítimas a denunciarem abusos e a buscarem ajuda. Além disso, espera-se que essa medida contribua para uma resposta mais eficiente das forças de segurança, tratando os casos de violência com a urgência que eles exigem.
Para Lia Nogueira, a presença de delegacias operando em regime de plantão constante é uma questão de justiça e proteção dos direitos humanos das mulheres. “Precisamos criar um ambiente seguro para que as mulheres sintam que podem contar com o apoio das autoridades a qualquer hora. Nosso pedido é com base nas estatísticas, que mostram que as agressões ocorrem geralmente à noite e na madrugada e muitas precisam aguardar o outro dia para pedir socorro, mas, nesse meio tempo, muitas desistem”, ressalta a deputada, enfatizando a importância de uma resposta imediata às denúncias de violência.
Apesar dos desafios para a implementação, como a necessidade de recursos adicionais e a capacitação de mais profissionais, Lia Nogueira está comprometida em trabalhar com o governo estadual e outras lideranças para tornar essa proposta uma realidade. “A segurança e o bem-estar das mulheres de Mato Grosso do Sul devem ser prioridades. Essa medida não pode ser considerada um custo e sim um investimento ao incentivar e preservar a vida”, reforça a deputada, que convidou também os demais parlamentares a se unirem e, assim, endossar o pedido para a mudança necessária. A expectativa é que o governo estadual priorize essa questão e avance rapidamente para proteger as mulheres do estado.