Cidadania somo esforços em conferência mundial que reuniu mais de 15 países em MS

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Com o objetivo de compartilhar experiências e multiplicar conhecimentos, Mato Grosso do Sul foi palco nos últimos 10 dias da CSC (Conferência dos Novos Scholars), realizada pela Nuffield Internacional.

O encontro sediado pelo Estado marcou o início do programa Nuffield de pesquisa no agronegócio pelo mundo 2024 e reuniu 120 produtores rurais, empresários, pesquisadores entre outras pessoas com destaque no setor agrícola mundial de 15 países, de todos os seis continentes.

O grupo passou pelos municípios de Campo Grande, Sidrolândia, Nioaque e Bonito, onde tiveram a oportunidade de visitar assentamentos, comunidades indígenas, empresas, instituições e projetos.

De acordo com o secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcette, o Estado conseguiu mostrar para os participantes seu desempenho econômico e sustentável e a vocação para as atividades do setor que alimenta o mundo.

“Essas pessoas que passaram aqui pelo Estado são em sua maioria lideranças globais do agronegócio ou que de alguma forma estão envolvidas com atividade agrícola, você tem representantes também, por exemplo, de países como Austrália e Nova Zelândia, das suas comunidades tradicionais, então ele é um evento que ele roda o mundo. E para o Estado é extremamente importante, porque além da troca, além desse intercâmbio que para a gente é muito engrandecedor, a gente tem aqui grandes fundos de investimentos, grandes empresários que estão olhando para o nosso Estado como oportunidade para investir, que vem tratando as questões ambientais e de investimentos de forma moderna e com segurança”, explica Falcette.

Atuando como mediadora dos grupos de trabalho e palestrante da CSC, a secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, ao lado Artur Falcette, levou para o debate a construção de boas atitudes para o mundo, qual o impacto de cada pessoa na construção da cidadania.

“Sabemos que a educação e o diálogo são chaves importantes para superar dificuldades e as consequências geradas por acontecimentos do dia a dia, esse encontro é uma oportunidade única que permite aos participantes essa troca de experiências, momentos de reflexão e por este motivo trouxe as minhas experiências de vida, fazendo com que o grupo refletisse sobre o que estão buscando além da troca de conhecimento, do seu papel enquanto cidadão na construção social. Porque de alguma maneira nossas ações vão impactar a vida de alguém, e que esse impacto seja da melhor forma possível, pensando na cidadania com equidade”, explica Viviane.

E para além da troca cultural esteve presente no último dia da CSC, a artista indígena Aline Souza, da etnia guarani-kaiowá. Que na ocasião pintou uma tela que contou com a participação de todos os envolvidos na conferência.

“Hoje eu vivi uma experiência completamente diferente, sai da minha bolha e vi que a gente precisa ter um diálogo para construir algo, porque vivemos no mesmo planeta. Sabemos de todas as questões envolvendo a pauta, mas o diálogo é fundamental para que todos possam ter uma boa convivência. E quando pensei no desenho da tela, a primeira imagem foi de uma árvore deixando as raízes expostas, para não esquecermos a nossa origem e valorizar nossos conhecimentos ancestrais e cada folha é um pedacinho dos participantes aqui”, finaliza.

Na conferência da Nuffield em MS, participaram scholars do Chile, Japão, Argentina, Estados Unidos, Brasil, Austrália, Nova Zelândia, Holanda, Canadá, Reino Unido, Alemanha, entre outros.

A CSC é realizada anualmente, em diferentes países. No ano passado foi no Canadá, e em 2025 será na Nova Zelândia. O Brasil sediou anteriormente no ano de 2017, em Brasília. De acordo com Luciano Loman, presidente da Nuffield Brasil, o encontro é uma jornada única e transformadora.

“Encerramos essa primeira etapa com muita gratidão, por ter recebido tanta gente diversa para aprender um pouquinho sobre o Brasil, sobre o agro, sobre sistemas alimentares, sobre a nossa cultura e comida. Foram momentos de troca de experiências e de aprendizado para todos, de muita conexão. E quanto a presença da Aline foi muito significativo para nós, podermos mostrar a nossa cultura para tanta gente. E eu agradeço o apoio do Governo do Estado em colaborar e construir conosco esses momentos”, explica.

Nuffield

Em 1947, a Nuffield teve início no Reino Unido para que produtores rurais viajassem em busca de conhecimento e inovação a fim de enfrentarem os desafios de alimentação e da economia do país após a Segunda Guerra Mundial.

O fundador foi Mr. William Morris, empresário e filantropo, foi quem começou a proporcionar viagens internacionais aos agricultores britânicos com o objetivo de identificar boas práticas agrícolas e abrir novos mercados para estimular a produção de alimentos e a economia nos tempos difíceis após a guerra.

Os serviços do William Morris para o seu país, focado em agricultura, indústria, saúde e educação foram reconhecidos pela rainha da Inglaterra em 1938 com o título de lord Nuffield.

Ao todo, são cerca de 1.800 “nuffieldianos”, com colaboradores presentes em mais de 40 países e 100 investidores de diferentes setores agrícolas, países e idades.

Jaqueline Hahn Tente, Comunicação SEC

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