As quatro modificativas apresentadas pelo vereador estimavam aproximadamente meio milhão de reais para a cultura
O mandato do vereador Elias Ishy neste ano de 2021 também foi marcado pelo trabalho junto às demandas do setor cultural. Historicamente, o parlamentar já faz a defesa da área, juntamente com a saúde, a educação, a agricultura familiar (agroecologia) e o meio ambiente. Foram vários encontros ouvindo o Fórum, o Conselho e outros artistas, produtores, bem como o governo municipal, trabalhando pela desburocratização de acesso a editais e a melhora do orçamento de 2022 para a cultura.
Por esse trabalho construído junto a categoria e ao Poder Público, que puderam entender melhor a situação dos profissionais, os desafios e anseios, como quanto ao FIP – Fundo Municipal de Investimentos à Produção Artística e Cultural. Ishy, então, apresentou em outubro um Projeto com uma alteração na Lei (n.º 2.703/2004) passando a ser beneficiado com recursos do Fundo os projetos independente do participante estar com nome inscrito no Serasa.
De acordo com ele, o segmento foi um dos mais afetados pela crise devido à pandemia do coronavírus e muitas pessoas acabaram se endividando neste momento. “As emergências demoraram a chegar e, quando chegaram, nem todos tiveram acesso”, explica. O projeto, então, foi aprovado em segunda votação na última sessão da Câmara deste ano, realizada no dia 13 de dezembro.
Na tentativa de melhorar a situação no próximo ano, Ishy realizou emendas ao orçamento, visto que o apresentado pelo Executivo diminuiu, de R$ 1.875.000 para R$ 1.730.000. Uma queda real de 8%. Isso sem considerar a inflação. As quatro emendas modificativas que passaram pelo Plenário e foram rejeitadas estimavam a soma de R$ 530 mil para o desenvolvimento das atividades da Secretaria, implementação e promoção de projetos e eventos, além de apoio e estímulo ao desenvolvimento da produção cultural e artística.
Para o orçamento de 2021, o parlamentar também construiu uma emenda de R$ 300 mil, aprovada em 2020, mas que, por fim, não foi executada pela gestão. De acordo com Ishy, isso reflete diretamente na realidade do município, como um dos que menos investem na cultura em todo o Mato Grosso do Sul. “Temos um dos menores orçamentos e precisamos mudar a realidade. Um país não sobrevive sem cultura, é fundamental que ela seja valorizada e, mais que nunca, sabemos o quanto ela contribui para manter a qualidade de vida e a saúde da população”, finaliza.