O mercado tem sido cada vez mais exigente, e dentro das empresas o cenário não é diferente. Parece que vivemos um constante teste como cobaias, para medir o quão resiliente conseguimos ser, antes de explodirmos.
Pois é. Isso se dá, muitas vezes, pela falta de alinhamento de expectativas, políticas internas distorcidas, distância da alta gestão em seus departamentos e a velha briga de egos.
Não há mais meritocracia, são raros os casos positivos.
Plano de sucessão, então? Nem se fala.
O negócio virou “cortar as asas” de quem se destaca, antes que estes “roubem” a cadeira de chefia. Uma manobra de defesa, afinal, quem quer enfrentar o mercado?
“Não aguento mais minha empresa! “
Talvez, seja o chefe, que você não aguenta. Talvez, seja aquele colega que faz a sua “caveira” pelas costas, o estresse de tanto trabalho e pouco salário, ou quem sabe o trabalho de coordenador – cargo de assistente? Responsabilidade de gerente – cargo de analista?
Mais uma defesa do patrimônio, onde é rasgado o “livro” de cargos e salários?
Pessoas sendo tratadas na ameaça ou na chantagem do “vou te demitir”, “vou te prejudicar”.
Assédio moral e sexual, sendo censurados pela inversão de justiça pela falta de provas.
Lugares e gestões abusivas, mas “ai” de quem falar isso!
“Te queimo no próximo emprego!”
Ok, estou sendo “clubista”. Sabemos que há funcionários que inventam suas versões e que são os destruidores da paz. Não, nem sempre é a empresa/gestão ou a equipe. Há inúmeros casos de funcionários-problema. Mas estes, não são o foco aqui.
O que vale avaliarmos é:
Será a hora certa para sair? Como sair?
Responda a si mesmo: A semana começou estressante ou com você desanimado, já?
Como você enfrentou a semana passada? Foi dura?
E a anterior? Foi desgastante?
E o último mês?
“Você se sente infeliz, de fato?”
Está realmente infeliz, ou é uma insatisfação isolada? Uma revolta por sua conta, talvez?
Não queira jogar a toalha a todo dia ruim que você enfrenta. Porém, se isso se torna repetitivo, talvez seja a hora de realmente colocar na cabeça de que acabou ali.
Trocar de empresa é trocar de camisa, no sentido figurado. Porém, não é tão simples como as que você veste diariamente. Essa troca precisa ser planejada.
Uma estratégia madura é ser mais esperto que seu chefe, sim, mas acima de tudo, mais esperto que o seu lado revoltado. Este é o mais difícil de domar.
“Busque ser feliz, dentro ou fora da empresa.”
A demissão nunca é a melhor opção.
Muitas vezes, você pode estar se afogando na empresa. Você escolhe sair, pisa na em solo firme para não se afogar. Porém, cuidado, esse solo pode ser areia movediça, ou seja, o desemprego, que te engole lentamente. Planeje sua saída. É possível pisar na areia movediça sem ser tragado.
Saiba identificar o momento de sair. Como costumo dizer:
“Use a empresa para sair da empresa!”
Um grande erro de profissionais é querer mudar de empresa, mas nunca fazer nada para mudar. Ou, um erro maior ainda, achar que está fazendo algo para mudar mas, na verdade, não está em 20% de suas ações essenciais, justificando a si mesmo que “já estou fazendo”.
Comece entendendo o que te faz infeliz. Os fatos geradores.
Tenha a clareza para onde quer ir. Qual seu objetivo? Sair por sair? Tenha claro.
Faça um material que te apresente e te venda forte no mercado! Exemplo: É comum encontrar profissionais excepcionais, com currículos crus ou extensos demais, confusos, demasiadamente detalhado, sem foco ou direcionamento, escritas completamente desconexas e perdidas.
“Faça um bom currículo! É essencial. Ele não garante emprego nem faz milagres! Mas é que vende você.”
Faz parte das suas ações, o seu preparo mental, técnico, prático, autoconhecimento, treinamento das próprias argumentações, chegar forte em entrevistas, fortalecer confiança, segurança e muita estratégia!
Portanto, antes de jogar tudo para o alto, lembre-se do que você pode fazer, antes disso!
Estratégia madura! Não se esqueça!
Você não é obrigado a aceitar a empresa que está!
Demita seu chefe, a empresa, a equipe, o que for.
Só não faça isso sem a estratégia. Use a empresa, para sair da empresa!
Use a empresa e tudo que, bem ou mal, ela te oferece hoje, para te dar as condições de fazer a mudança em segurança.
A sua vida é reflexo de suas escolhas, ações e um leve toque externo de destino/oportunidade.
Não se faça infeliz. Não seja cúmplice da sua própria infelicidade.
Aliás, isso vale para a vida toda.
André Castello Especialista em Carreiras | RH | Orientação Profissional | Desenvolvimento Pessoal | Coaching & Mentoring | Headhunter |
