Deputada Gleice Jane participa do “Mulheres em Lutas” em SP e defende a força do feminino na urgente transformação social do MS.

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Assessoria de Comunicação Deputada Estadual Gleice Jane Barbosa

A parlamentar reforçou seu compromisso com as causas feministas e com a defesa dos direitos das populações vulneráveis, como as indígenas e as mulheres da periferia.

A deputada estadual Gleice Jane (PT) esteve presente no evento “Mulheres em Lutas” (MEL), que aconteceu entre os dias 11 e 13 de abril, no espaço Nave Coletiva, região do Cambuci, na capital paulista. Durante o painel “Futuro em Construção: Mulheres, Trabalho e Inovação em Pauta”, deste domingo (13), a parlamentar compartilhou suas experiências e reflexões sobre o papel das mulheres na política, os desafios enfrentados enquanto parlamentar num estado que invisibiliza as questões indígenas e a igualdade de gênero, bem como a importância da luta pelo feminino em tempos de crise.

Gleice Jane, primeira mulher do Partido dos Trabalhadores (PT) a ocupar um espaço na Assembleia Legislativa de MS, trouxe à tona questões delicadas sobre o cenário político de seu estado, que enfrenta um contexto de ódio e resistência à luta feminina. “Sou a primeira mulher do PT e a primeira mulher feminista a ocupar um espaço na Assembleia Legislativa de um estado de ódio, um estado 70% bolsonarista. Não só bolsonarista, mas um estado em que a maioria odeia as mulheres, que odeia os indígenas, que odeia a população negra”, destacou a parlamentar.

Sobre a complexidade de sua atuação política em Mato Grosso do Sul, ela também abordou o papel das mulheres em sua luta, principalmente as mulheres indígenas e da periferia. “Levar as vozes invisibilizadas para esse processo na Assembleia não é uma tarefa fácil. Tenho sido talvez a primeira voz feminina a levar a voz das mulheres indígenas, as mulheres ribeirinhas, as quilombolas, as mulheres da periferia, porque naquele estado não se pode falar sobre as mazelas, a pobreza e principalmente sobre as questões agrárias”, afirmou Gleice Jane.

A deputada também se referiu aos conflitos agrários e seus impactos nas populações indígenas. “Os conflitos e a disputa pela terra são para exterminar uma população indígena, para não permitir a reforma agrária. E hoje, aqui, ouvindo todas vocês, eu tenho a impressão de que temos que defender a luta do feminino, não só feminista, mas do feminino. Porque nós temos que defender a agricultura familiar, a terra, a natureza, a coragem, que é algo que é nosso também. E acho que é por isso que somos vítimas de todos os tipos de violência, somos as mais silenciadas”, frisou.

Gleice Jane ressaltou que a verdadeira transformação da sociedade passa pelo fortalecimento do feminino, especialmente no contexto atual de crise ambiental e climática. “A nossa luta tem que ser na defesa do feminino, porque é esse feminino que vai fazer a transformação da sociedade. É essa força que vai mudar todo o planeta. E o planeta precisa de nós neste momento, com essas crises climáticas”, disse.

Quando pontuou a pauta sobre o meio ambiente, mais uma vez fez referência ao seu estado e destacou os desafios pela preservação da água, essencial para a região. “Meu estado é o estado da água. Estamos em cima do Aquífero Guarani, e nossa pauta principal também é a água”, afirmou. Ela ressaltou a necessidade de políticas públicas voltadas para a sustentabilidade, bem como a preservação do aquífero, considerado o maior manancial de água doce subterrânea fronteiriço do mundo.

O evento

“Mulheres em Lutas” é um festival que reuniu lideranças femininas de diversas áreas durante três dias com debates, vivências e organizações de frentes relacionadas a temas caros às mulheres, que vão desde a luta contra o apagamento de suas atuações e bandeiras até o estabelecimento de protocolos de ações de combate à violência política de gênero e raça. Idealizado pelo Instituto E Se Fosse Você, do MEL, e presidido por Manuela d’Ávila, jornalista e ex-deputada pelo PCdoB.

Entre as convidadas internacionais estão a escritora britânica Alice Evans, autora de “The Great Gender Divergence”, e a jornalista indiana Sohaila Abdulali, conhecida pelo livro “Do que estamos falando quando falamos de estupro?”, publicado em 2018. Também contou com a participação da ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara; a psicanalista Vera Iaconelli; a escritora Tati Bernardi, além das mais de 150 mulheres parlamentares de todo o Brasil.

Texto: Clarissa de Faria – Assessoria de Imprensa


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